skip to main | skip to sidebar

Professora Eliene

O português como ele é

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Meus Oito Anos

Olha só, que lindo!!!



Beijo meus amores!
Postado por Eliene Lacerda às 10:42

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Postagem mais recente Postagem mais antiga Página inicial
Assinar: Postar comentários (Atom)

Arquivo do blog

  • ►  2009 (6)
    • ►  novembro (6)
  • ▼  2008 (8)
    • ►  novembro (1)
    • ►  outubro (3)
    • ▼  setembro (4)
      • Gabarito da 5ª Série - Prova Mensal II - Redação
      • Gabarito da 5ª Série - Prova Mensal II - Gramática)
      • Meus Oito Anos
      • Gabarito da 6ª Série - Prova Mensal II - Gramática
Contador de visita
Eliene Lacerda
Gama, Distrito Federal, Brazil
Professora de Português da Escola Adventsita do Gama Gosto muito dos meus alunos e da matéria que leciono Acho que um mundo melhor se contrói com educação de qualidade.
Ver meu perfil completo

Que matéria é mais difícil pra você?

Meus Oito Anos

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!

Como são belos os dias
Do despontar da existência!
— Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hino d'amor!

Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingênuo folgar!
O céu bordado d'estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!

Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delícias
De minha mãe as carícias
E beijos de minhã irmã!

Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
— Pés descalços, braços nus
—Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!

Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!

Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
— Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!

Casimiro de Abreu